Frases e textos sobre o Flamengo


"Quem um dia experimentou a emoção de ser Flamengo, nunca mais vai viver outra que se equipare." (Lúcia Veríssimo)
_________________________________
"Torcida chata e nojenta essa do Flamengo. Se julgam superiores em tudo... mas com razão, não é?" (Bussunda)
_________________________________
"Porque o Flamengo se tornou o mais amado do Brasil? Porque o Flamengo deixa-se amar à vontade." (Mário Filho)
_________________________________


"O sujeito que não for pelo menos um dia Flamengo não viveu. O Flamengo é uma força da natureza. Quando o Flamengo espirra, é o futebol brasileiro que fica resfriado." (autor desconhecido)
________________________________
"Realmente na minha veia corre o sangue vermelho e preto." (Zico)
________________________________
"A oposição não se conforma, mas não pode fazer nada: o Flamengo é um caso de amor entre milhões e o Brasil. Um dia, quando se mergulhar de verdade nos fatores que, historicamente, ajudaram a consolidar a integração nacional, o Flamengo terá que ser incluído. Durante todo o século XX, ele uniu gerações, raças e sotaques em torno de sua bandeira. Ao inspirar um rubro-negro do Guaporé a reagir como um rubro-negro do Leblon (com os mesmos gestos e expletivos, no mesmo instante), o Flamengo ajudou a fazer do Brasil uma nação.
Mas o Flamengo não é uma abstração histórica. É um complexo de carne, ossos, tendões, músculos. Quando se fala nele, vêm à mente heróis que, no decorrer das décadas, têm vestido sua camisa e formados times de sonho. Homens como Abelha; Bigu, Onça, Ronaldão e Tinteiro; Manteiga e Dendê; Sapatão, Foguete, Bujica e Beijoca. Epa! Desculpe, peguei a lista errada! Esse é o time do pesadelo. A lista certa é: Raul; Leandro, Domingos da Guia, Reyes e Júnior; Carlinhos e Zizinho; Joel, Leônidas da Silva, Zico e Dida.
Falando sério, poucas instituições serão tão abrangentemente nacionais quanto o Flamengo - a Igreja Católica, sem dúvida, é uma delas, e, talvez, o jogo do bicho. E olhe que o Flamengo não promete a vida eterna nem o enriquecimento fácil. Ao contrário, às vezes mata de enfarte e, quase sempre, só dá despesa. Mas uma coisa ele tem em comum com a religião e o bicho: a fé. Esta é a matéria-prima de que estas três instituições se alimentam. Mas com vantagem para o Flamengo, porque a Igreja só paga dividendos depois da morte e o bicho tanto pode dar quanto não dar - já o Flamengo costuma pagar seus dividendos espirituais toda quarta e domingo. Em termos de alcance dos agentes dessa fé, então, não há comparação possível: o padre e o bicheiro são personagens locais, ao passo que os jogadores do Flamengo, via rádio ou TV, cobrem todo o território e são heróis (ou vilões) nacionais).
Daí ele ser onipresente. O Rio foi seu berço, mas sua casa é o Brasil. Sua camisa vermelha e preta viaja de canoa pelos igarapés; galopa pelas coxilhas; caminha pelos sertões; colore todas as praias; está nos barracos das favelas e nas coberturas tríplex. Suas cores vestem famosos e anônimos, bandidos e vítimas, corruptos e honestos, pobres e grã-finos, idosos e crianças, os muito feios e as muito bonitas. De repente, materializam-se nos lugares mais inesperados: já estiveram nas mãos de Frank Sinatra, no papamóvel de João Paulo II e nos peitos de Madona.
Mas, principalmente, tomam os estádios, em tantas tardes e noites quantas o Flamengo entrar em campo, nao importa onde. Donde talvez não seja cientificamente exata a frase que, de tão usada, se torna clichê: a de que o 'Flamengo é uma nação' - frase criada pelo Deputado Federal cearense Walter Bezerra de Sá há mais de trinta anos. Mais exato, talvez, seria dizer que, ao contrário, a nação é que é Flamengo. Segundo pesquisas veiculadas por órgãos insuspeitos, o Flamengo é o clube de maior torcida do Brasil por qualquer categoria que se queira estudar. Você escolhe: região, sexo, faixa de idade, nível de renda, cor da pele, plumagem política, grau de escolaridade, QI ou quantidade de dentes - é a maioria entre os desdentados e os que nunca tiveram uma cárie. Sua presença no Rio é esmagadora: 42% dos cariocas são Flamengo. O restante se divide entre os que se repartem pelos outros clubes e os que, por esnobismo ou enmui, não se interessam por futebol.
Mas sua torcida não se espreme entre a montanha e o mar. Ao transbordar para todos os Estados do país, muitas vezes supera a dos próprios times locais. No norte e no nordeste, é esmagadora. Em Brasília, é, proporcionalmente, maior até do que no Rio. Em SP, é mais numerosa do que a tradicional Portuguesa. É forte até mesmo no sul, onde os times de fora não costumam ter vez. E existem quase cem clubes, profissionais ou amadores, de todos os estados do Brasil, chamados Flamengo.
Bolas, porque não dizer logo? É, disparado, a maior torcida de futebol do mundo. Quando se pensa que, na Espanha, o clube mais popular é o riquíssimo, sério e bem administrado Barcelona, tem-se vontade de chorar. A torcida do Flamengo não é apenas maior do que a do Barcelona - é quase igual a toda a população da Espanha! E só por isso deveria ser sagrada para os indivíduos que uma minoria transforma em presidentes do clube." (Ruy Castro)
__________________________